A BTP já analisou a situação de cerca de 300 executivos da Brasil Telecom S/A que poderiam ser substituídos quando a troca de comando chegar à operadora, o que pode acontecer no dia 30 de setembro, se não houver contratempos. Só uma pequena parte sairá. A idéia é aproveitar os bons quadros e aqueles que sempre se mostram comprometidos com a companhia, e não com supostos interesses do Opportunity. Alguns, contudo, já pedem voluntariamente pra sair, outros colocam o cargo à disposição. Deve haver também uma reestruturação operacional entre os principais diretores, já que hoje Carla Cico tem 16 executivos se reportando diretamente a ela, e alguns não têm conseguido colocar os assuntos em dia com a presidente da companhia há semanas. Esse processo deve ser simplificado.
Analistas
Outra medida importante será chamar analistas de mercado para explicar os principais aspectos estratégicos da companhia: celular, VoIP, segmentação corporativa e atendimento a clientes. Essa reunião deverá acontecer logo após a troca de gestão, provavelmente nas primeiras três semanas. O aspecto mais importante, que é a estratégia de celular, sofrerá algumas mudanças, ao que tudo indica. A BrT, sob a batuta de fundos e Citibank, não deve abandonar o segmento móvel, até porque os investimentos já foram muito elevados, mas devem ser buscadas fórmulas mais rentáveis, ainda que com menor apelo de marketing. Surge, portanto, a especulação sobre o que acontecerá com o Pula-pula, o programa de marketing da BrT GSM pelo qual o usuário que esteja em dia com sua conta não paga o mês seguinte. São grandes as chances de essa estratégia ser revista.