Seja Digital chega a 12 milhões de kits distribuídos e prepara desligamento de 670 cidades até dia 5/12

A EAD/Seja Digital chegou esta semana a 12 milhões de kits de TV digital distribuídos desde o início do processo de desligamento da TV analógica para a liberação da faixa de 700 MHz, que será usada pelas teles para o serviço de 4G. Ao todo, as cidades que foram desligadas concentram 128 milhões de pessoas. E, nesta reta final, a empresa está mobilizada para concluir a distribuição de kits em cerca de 670 cidades que ainda serão desligadas até o dia 5 de dezembro, sendo que 395 delas ficam no interior de São Paulo. Segundo Antônio Carlos Martelletto, presidente da Seja Digital, tudo indica que esta etapa do desligamento deverá ser concluída até o final do ano, conforme previsto nas regras que orientam o processo, porque a maior parte dos kits previstos para estas localidades já foi distribuída. "É preciso ter atenção porque são muitas cidades, com características diferentes, e já não temos mais o peso da comunicação das grandes geradoras de TV, o que torna o esforço de campo mais relevante. Mas tudo está dentro das projeções", diz o executivo.  "Além de termos conseguido distribuir os kits e estarmos com o desligamento total encaminhado, conseguimos até aqui um índice de satisfação de mais de 98% nas pesquisas que fizemos com os beneficiários, e nenhuma reclamação das cidades que deixaram de ter o sinal analógico de TV", ressalta. Em tese, mesmo que  Seja Digital não atinja, dia 5 de dezembro, os percentuais de digitalização de domicílios necessários para o desligamento (90%), ainda assim as teles podem pleitear o switch-off  das cidades no dia 31 de dezembro, mas isso não deve ser necessário, aposta Martelletto. Ao todo, terão sido desligadas no final do ano 1,378 mil cidades, se tudo correr bem.

Mas esta é uma etapa do trabalho da Seja Digital, que ainda deve se manter mobilizada ao longo pelo menos do primeiro semestre de 2019. Existe ainda o trabalho de mitigação de interferências e remanejamento de canais para a liberação completa da faixa de 700 MHz. Em relação às interferências, diz Martelletto, o resultado também foi positivo. "Foram registrados até aqui menos de 90 casos de interferência,  nenhum deles de interferência do LTE nos televisores, que era o grande receio. O que a gente teve foi casos de interferências de transmissores de TV na rede LTE, mas que foram facilmente solucionados, e algumas interferências de outra natureza, sem preocupação também até este ponto".

Para as demais cidades brasileiras que não passaram pelo processo de desligamento, a regulamentação prevê que isso ocorra até 2022, mas sem a atuação da Seja Digital nem a distribuição de kits, como aconteceu nas cidades em que a faixa de 700 MHz precisava ser liberada. Existe um pleito dos radiodifusores, contemplada por Portaria Ministerial, para que o eventual saldo dos recursos da Seja Digital sejam utilizados na distribuição de kits e na compra de transmissores digitais para as emissoras que não tenham ainda iniciado o processo de desligamento do sinal analógico. Mas a palavra final sobre a aplicação dos recursos cabe à Anatel, que ainda não tomou uma decisão. As operadoras de telecomunicações estão demandando estudos jurídicos e não querem que a EAD seja a responsável pela tarefa, caso esta seja a decisão política. O valor estimado das sobras está na casa dos R$ 800 milhões, que só devem ser liberados em meados de 2019, depois que o Gired (grupo coordenado pela Anatel que acompanha o processo de digitalização) atestar que as obrigações do edital de 700 MHz foram cumpridas.

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