Para TIM, aquisição de ativos da Nextel ou da Sercomtel precisaria "fazer sentido"

Foto: Pexels

Agora com as novas regras que aumentam o limite de espectro para as operadoras, a efetivação da venda da Nextel e da Sercomtel pode ser questão de tempo, mas não necessariamente para a TIM. O presidente da empresa, Sami Fogel, afirmou nesta quarta-feira, 7, que está "sempre analisando os ativos". Reiteradamente, disse ser preciso fazer sentido tanto do ponto de vista financeiro, quanto na estratégia. Ele evitou falar dos dois casos específicos, afirmando que ambos precisam ser analisados nesses contextos.

O CFO da TIM, Adrian Calaza, destacou que a estratégia com espectro, pelo menos por enquanto, não inclui ir às compras. "Estamos trabalhando para que o nosso próprio espectro seja mais eficiente. Fizemos muito refarming, estamos agora com 2,1 GHz e talvez outras frequências possam passar por isso também", diz.

A possibilidade de aquisição da Nextel, por exemplo, precisaria levar em consideração futuras receitas, conforme explica o CTO da TIM, Leonardo Capdeville. "Tem que fazer sentido em longo prazo, por isso precisamos ter cuidado", declara. Ele ressalta que adquirir espectro novo empolga a área de engenharia, mas corrobora Calaza ao mencionar a otimização dos ativos que a operadora já tem, por meio do refarming. Ou mesmo com a melhora na eficiência por meio da transformação digital – a companhia diz que a virtualização já atinge 30% das funções de rede.

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A possibilidade de expandir infraestrutura de backbone ou backhaul com a aquisição também não seduz a operadora no momento. "Sempre falamos que queremos crescer nesse lado, especialmente com o consumidor, mas de forma orgânica", reiterou Adrian Calaza.

Fixo

A infraestrutura também apoia a rede fixa da TIM Live, que por sua vez mostrou um resultado "acima do esperado" pela operadora. O foco é no acesso de fibra até a residência (FTTH), que este ano chegou a 13 novas cidades, das quais cinco foram somente no terceiro trimestre – incluindo Manaus, em outubro. O FTTH permite também um crescimento na receita média por usuário (ARPU). Com clientes atuais, o crescimento no ARPU foi de 11,8% no terceiro trimestre em comparação com o primeiro trimestre deste ano. No mesmo período, o ARPU de novos clientes com fibra pura aumentou 15,1%.

Ainda assim, Sami Fogel explica que é preciso ver uma destinação maior de Capex para esse serviço com cuidado. "Achamos que precisamos preparar muito nossa máquina para continuar a crescer a rede, mas estamos bem felizes na medida em que estamos desempenhando melhor do que projetávamos", disse. "Temos muito a fazer, não só em implantação, mas também na portabilidade, especialmente no corporativo, [cujo movimento de migração] é maior do que no segmento móvel."

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