Previ quer estrutura societária harmônica com Citibank

O presidente da Previ, Sérgio Rosa, afirmou que o fundo de pensão deseja trabalhar em harmonia com o Citibank e demais sócios no âmbito de Brasil Telecom, Telemig Celular e Amazônia Celular. A Previ procurará o Citibank em um futuro próximo para traçar as linhas de um nova estrutura societária que agrade a todos os sócios controladores das operadoras de telefonia. "Todos perdem com a estratégia agressiva de concentrar poder em torno de um único acionista", justificou Rosa. Na última segunda-feira, 6, o Opportunity foi destituído pela Previ e outros cotistas da gestão do CVC Opportunity Equity Partners FIA, ou CVC Nacional, por quebra de deveres fiduciários. Este fundo é acionista com participação de controle nas referidas operadoras. O Citibank, por sua vez, é o principal cotista do CVC Opportunity Equity Partners LP, mais conhecido como CVC Estrangeiro, que também é acionista das mesmas empresas e segue administrado pelo Opportunity.
A respeito das acusações de que o Banco do Brasil teria ameaçado os demais cotistas do CVC Nacional com corte de crédito caso não votassem pela destituição do Opportunity, Rosa disse não acreditar em tais informações e exigiu que elas fossem acompanhadas das devidas provas.
A destituição do Opportunity não altera, a princípio, o controle das teles, pois a participação do CVC Estrangeiro e do Opportunity Fund – outro fundo administrado pelo Opportunity – é majoritária nas empresas. "Porém, a partir de agora, ocuparemos os espaços que nos são de direito e que antes não ocupávamos nessa estrutura", disse Rosa, referindo-se ao fato de o novo gestor do CVC Nacional, o BB DTVM, ser da confiança dos cotistas. Vale lembrar que uma nova assembléia será realizada dentro de 30 dias para escolher um gestor definitivo para o CVC Nacional, assim como discutir alterações no estatuto do fundo.

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Na assembléia realizada no dia 6, a contabilidade do CVC Nacional no exercício fiscal de março de 2002 a fevereiro de 2003 foi aprovada. Entretanto, os cotistas reprovaram diversos atos de gestão do administrador, como: taxas de administração infladas em anos anteriores; colocação pública de ações indevida referente ao pagamento da segunda e da terceira parcelas da privatização; criação de um consórcio de aeronaves utilizadas para fins que não o transporte dos executivos das operadoras a serviço; entre outros.
A Previ reclama também que o tratamento fornecido ao CVC Estrangeiro continha alguns privilégios em relação àquele dispensado ao CVC Nacional. "A participação na aquisição de ações da Inepar na Telemar e de ações da TIW em Telpart não foi oferecida ao CVC Nacional. Além disso, o CVC Estrangeiro tem a garantia de desinvestimento conjunto com o CVC Nacional e a recíproca não é verdadeira", listou Rosa.
É esperado o início de uma guerra judicial em torno da disputa pela gestão do CVC Nacional. Até o começo da noite desta terça, 7, não havia notícia de qualquer ação impetrada pelo Opportunity questionando sua dispensa enquanto administrador do fundo. O banco foi procurado através de sua assessoria de imprensa mas não quis se pronunciar sobre o tema.

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