Tráfego móvel global crescerá sete vezes até 2021

O tráfego móvel global crescerá sete vezes entre 2016 e 2021, passando de 87 EB para 587 EB, revela a nova edição do estudo Visual Network Index Mobile da Cisco. Se comparado com 2011, é um crescimento de 122 vezes em dez anos. A pesquisa considera como tráfego móvel aquele que utiliza as redes celulares – desta forma, os dados trafegados em redes Wi-Fi, ainda que oriundos de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, não estão incluídos nesses números. O tráfego móvel mensal no mundo passará de 7 EB para 49 EB. O tráfego móvel médio mensal por usuário subirá de 1,4 GB para 8,4 GB. E o tráfego médio mensal por conexão, por sua vez, passará de 902 MB para 4,2 GB.

Os principais fatores que contribuirão para esse crescimento nos próximos cinco anos são os seguintes: 1) aumento da base de usuários móveis no mundo, que passará de 4,9 bilhões para 5,5 bilhões, com penetração de 71% da população mundial; 2) crescimento da base mundial de conexões móveis (neste caso estão incluídas máquinas), que subirá de 8 bilhões para 12 bilhões; 3) aumento da velocidade média por conexão, de 6,8 Mbps para 20,4 Mbps; 4) e aumento da demanda por aplicações de vídeo, cuja participação sobre o tráfego móvel global aumentará de 60% para 78% em cinco anos, com destaque para vídeo ao vivo, cujo tráfego aumentará 39 vezes nesse período.

Com tudo isso,a participação das redes móveis sobre o tráfego IP global saltará de 8% em 2016 para 20% em 2021, projeta a Cisco.

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Smartphones, tablets e wearables

A participação dos smartphones sobre a base mundial de aparelhos conectados crescerá de 38% para 43% entre 2016 e 2021. No mesmo período, o tráfego médio mensal por smartphone passará de 1,6 GB para 6,8 GB. E a participação dos smartphones sobre o tráfego móvel global aumentará de 81% para 86%. Os tablets, por sua vez, passarão a ser 3% da base mundial de aparelhos conectados (hoje são 2%) e seu tráfego médio mensal vai mais que dobrar, passando de 3,3 GB para 7,95 GB. Merece destaque o crescimento do tráfego médio mensal de visores de realidade virtual, que passará de 840 MB para 2,79 GB. Mas sua participação sobre o total da base de aparelhos conectados ainda será pequena: farão parte de uma parcela de 0,1% classificada como "outros devices portáteis". Vale lembrar que os números totais do estudo incluem máquinas conectadas.

A base mundial de acessórios conectados de vestir (wearable devices) vai quase que triplicar em cinco anos, passando dos atuais 325 milhões para 929 milhões em 2021. A proporção dessa base que possui conectividade às redes móveis crescerá de 3,3% para 7,4%.

Redes

A participação do 4G sobre a base mundial de aparelhos conectados subirá de 26% para 53% entre 2016 e 2021, enquanto aquela do 3G cairá de 33% para 28,7% e o 2G despencará de 41% para 9,3%. A Cisco incluiu também aparelhos conectados em redes LPWA para a comunicação entre máquinas: a participação destes crescerá de 0,7% para 8,9% em cinco anos.

O 4G responderá por 79% do tráfego móvel mundial em 2021, ante 69% em 2016. O 3G, por sua vez, cairá de 24% para 19%. E o 5G representará 1,5% do tráfego móvel mundial em 2021, com 25 milhões de devices.

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