WiMAX Forum reúne-se com o governo no dia 8

Representantes do WiMAX Forum, entidade que reúne 519 membros entre empresas e órgãos diversos, vai se reunir com representantes da Anatel e do Ministério das Comunicações no próximo dia 8 de novembro, em Brasília para apresentar a tecnologia. ?Nosso papel é esclarecer o governo sobre as potencialidades, abordar a questão da competição e sugerir as melhores faixas de freqüência para o serviço?, explica o diretor regional e representante do Brasil no WiMAX Forum, Luiz Carlos Moraes Rego. Para ele o País já perdeu uma oportunidade de mercado com a suspensão do leilão de 3,5 GHz. ?A burocracia pode matar a inovação. Vamos mostrar que o WiMAX não é concorrente ao 3G, que o papel do Poder Executivo é criar ambiente propício para a chegada de novas tecnologias, não dando ouvidos à concorrência imediatista?, disse Rego.
Para o WiMAX Forum o Brasil está entre os seis países prioritários na implantação da tecnologia por suas dimensões continentais, juntamente com os emergentes Índia e China. ?A Índia já se adiantou ao processo e acrescentou faixas de freqüência especialmente para o WiMAX, assim como a China. O Brasil pode ficar para trás?, disse Mo Shakouri, vice-presidente de marketing do WiMAX Forum. Ele destaca que a tecnologia serve tanto para as incumbents como para as novas entrantes, criando um ambiente de inovação que só beneficia o consumidor final. ?O Brasil terá que tomar uma decisão que estimule os novos entrantes?, destaca. Ele aposta na versão móvel do WiMAX para popularizar a banda larga tanto no ambiente corporativo, interligando prédios e atuando como complemento do 3G, como entre os consumidores de massa com preços acessíveis para dispositivos móveis. Segundo Rego, a recomendação da UIT que integrou o WiMAX às 3G foi também um importante instrumento para dar escala e baratear os terminais.
Shakouri criticou a burocracia do governo brasileiro que não incentiva o aparecimento de novos serviços, de novas operadoras e mais competição. Mundialmente os países têm reservado grandes somas ao WiMAX prevendo a evolução dos serviços. ?A Austrália destinou US$ 1 bilhão e a Índia já planeja adicionar freqüências para a tecnologia que deve representar 20% de todas as conexões de banda larga já no próximo ano?, afirma o executivo.

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Luiz Carlos Moraes Rego é um pouco mais cauteloso e acha que a adoção da tecnologia será mais lenta principalmente porque exige troca de redes e novos terminais. Mundialmente a tecnologia deve movimentar US$ 23 bilhões nos próximos cinco anos, ?o que é pouco comparado a outros mercados?.

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