América Móvil investirá no País mais US$ 800 milhões até 2005

O empresário e presidente do conselho da América Móvil e da Teléfonos de México (Telmex), Carlos Slim Helu, afirmou nesta segunda-feira, 6, em encontro com empresários em São Paulo, que a Claro (Americel, ATL, BCP São Paulo e Nordeste, Telet e Tess) investirá US$ 800 milhões até 2005, principalmente em infra-estrutura, ou seja, na cobertura da tecnologia GSM e no overlay da rede das atuais operadoras de TDMA para GSM.
O empresário mexicano afirmou que estão excluídos desse investimento os US$ 650 milhões pagos pela BCP São Paulo. Slim calcula que, com as aquisições feitas até agora no Brasil, a Claro detém 20% da base total de assinantes da América Móvil, que tem 42 milhões de assinantes. Até o final deste ano, a Claro deve chegar aos 9,7 milhões de assinantes. Slim prevê, ainda, que o Brasil responderá por cerca de 15% da receita total da América Móvil. Até o momento, a América Móvil investiu US$ 5,6 bilhões no País, com aquisições, compra de licenças e construção de infra-estrutura.

Telemar

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Carlos Slim não quis revelar qual é a participação que a Telemar terá na BCP São Paulo. O executivo afirmou que em 48 horas essa participação, negociada quando da aquisição da BCP pela América Móvil, será definida. As negociações para a aquisição da BCP São Paulo devem ser concluídas até o final deste mês.
Slim reafirmou, ainda, que não tem nenhum interesse em telefonia fixa no Brasil, incluindo a Telemar. O empresário citou o exemplo da britânica Vodafone, que atua somente na telefonia móvel, e disse que o seu interesse em telecomunicações na América Latina tem como foco unicamente a operação de telefonia móvel.
Slim afirma que, mundialmente, o competidor da telefonia fixa é a telefonia móvel. O empresário, que também controla a operadora fixa incumbent Telmex, no México, afirma que mesmo naquele país, não há convergência na oferta de serviços entre Telmex e América Móvil.

Potencial

O Brasil ainda tem muito potencial para crescer na telefonia móvel, afirma Slim. O País, assim como o México, tem uma penetração próxima de 25%. O empresário mexicano cita os países escandinavos e Israel, onde há mais aparelhos que habitantes, e outros países como Espanha e Itália, onde a penetração chega a 85%.
Para ele, o crescimento está atrelado à distribuição de renda, ao investimento em novos serviços e ao barateamento dos serviços de telecomunicações. Slim diz que a sobrevivência de quatro operadoras no Brasil (que seriam a Claro, a TIM, a Vivo e a Oi) está condicionada à capacidade de investimento dessas empresas, ao fluxo de caixa e à cobertura com boa tecnologia e possibilidade de desenvolvimento de novos serviços.

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