Porquê a TCO está em queda

O analista de telecomunicações do Santander, Alexandre Gartner, explica em boletim especial para seus clientes porque as ações da Tele Centro Oeste Celular (TCO) vêm caindo tanto desde novembro. De fato, desde o final daquele mês o papel teve uma queda de cerca de 22%, enquanto o Ibovespa recuou 6,11% e o segmento de celulares 1,6%. Ele alinhava quatro razões, iniciando com a compra de mais R$ 147 milhões de commercial na base de CDI+1,5% por ano (20,5% anuais) contra taxas de mercado que vão de 24% a 25% ao ano. O própria analista, porém, não acredita que isso seja motivo de preocupação. "É muito baixa a possibilidade de que a Splice não honre essa dívida, dado o fato de que não se espera que um controlador ponha em risco a sua participação na TCO e a licença para operar". O boletim do Santander ainda aponta como causas da queda das ações da TCO os seguintes fatores:
A frustrada tentativa de aquisição da Telemig Celular e da Tele Norte Celular. A empresa teria acreditado que poderia comprar as duas operadoras a baixo preço, aproveitando as disputas entre o Opportunity e a TIW, principalmente com os problemas financeiros da segunda;
A decisão da Anatel de suspender os aumentos das operadoras, como a TCO, que contestaram os aumentos de tarifas concedidos pela agência;

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Sinais de que os resultados do quarto trimestre foram fracos. O Santander espera uma queda da margem de EBITDA de 42,3% para 34,8%, em decorrência do aumento de subsídios para a compra de handsets e gastos com promoções. "A estratégia da TCO foi contra nossas expectativas para o segmento de celular como um todo, de aumentar a lucratividade mais do que promover o crescimento da base de assinantes", diz Alexandre Gartner. Mesmo assim, o analista mantém a recomendação de compra. O preço já estaria descontado demais.

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