Base de PCs é desafio para que meta do PNBL seja cumprida, diz pesquisador do Ipea

Uma análise feita pelo pesquisador Rodrigo Abdalla Filgueiras de Sousa, do IPEA, aponta algumas dificuldades que, na opinião do pesquisador, deverão se colocar para que governo cumpra a meta de ter até 2014 35 milhões de domicílios conectados no Plano Nacional de Banda Larga. O estudo, publicado na revista Radar, edição 15, lançada nesta segunda, dia 5, mostra que a maior parte do crescimento da banda larga se dará na classe C, mas que o ritmo de expansão da base de computadores deve diminuir, de modo que não se deve esperar, em 2014, uma taxa de penetração de PCs superior a 50%. Soma-se a isso aos baixos índices de uso de computadores em zonas rurais, e o resultado é que existe uma defasagem entre a meta do governo 35 milhões de domicílios conectados) e as projeções do potencial do mercado potencial do PNBL (30 milhões). "Sem enfrentar essas pendências e até mesmo considerando que haja aumento gradual na procura pelo serviço devido à forte rede de inovação, dificilmente o PNBL ultrapassará a barreira de 30 milhões de domicílios atendidos em 2014", diz o pesquisador.
Cezar Alvarez, secretário executivo do Ministério das Comunicações, reconhece que esse é um gargalo a ser vencido, mas destaca que o governo está tomando iniciativas de desoneração de equipamentos e buscando políticas de expansão do PNBL para áreas rurais que devem compensar  esses efeitos. Para o pesquisador do IPEA, o governo já está limitado em relação aos recursos de desoneração de que poderia lançar mão, já que a isenção de PIS e Cofins já foi dada, e agora seria necessário buscar junto aos governos estaduais uma forma de aliviar a carga tributária sobre terminais de acesso. Ele sugere também que plataformas como celulares, que tiveram grande sucesso como forma de acesso à Internet em outros países, e também a TV aberta, devam ser buscadas no Brasil como canais de levar a banda larga à população.

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Além disso, para o IPEA, a capacitação da população para uso da banda larga e o uso de ferramentas de subsídios cruzados podem ajudar a minimizar os problemas que o PNBL terá em função da base nacional de computadores instalados.

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