O presidente da TIM, Stefano De Angelis, confirmou conversa com o presidente da Oi, Marco Schroeder, mas deixou claro que está apenas acompanhando a situação da concorrente em recuperação judicial. "Temos relacionamento com a Oi em wholesale que é relevante, então temos obrigação de entender o que vai acontecer", contou ele em conversa com jornalistas após painel na Futurecom nesta quarta-feira, 4.
De Angelis alega que a hipótese de eventual falência e fatiamento da Oi, no entanto, ainda não deve ser discutida. "Quando chega depois no ponto de fusão, antes de qualquer ideia, discussão, hipótese, tem de ser resolvido o tema da RJ, de entender qual vai ser a forma, os acionistas que vão liderar a Oi daqui para frente; isso é tema de 2018", afirmou. Mesmo a entrada de um eventual investidor estrangeiro, por exemplo, considera benéfico para a indústria por resolver a situação
Novo comando
Perguntado se haveria mudanças na TIM com a chegada de Amos Genish ao comando da Telecom Italia, Stefano De Angelis afirmou que espera um impulso para o crescimento, e que isso "facilite muito" a relação com o controlador. "Um expert no Brasil como o Amos Genish para nós é um benefício, absolutamente", declara. Questões como o sistema de tributação e o ambiente regulatório brasileiros também poderão ter melhor entendimento, na visão do executivo. "Talvez nós sofremos no passado. Tinha e tenho ótimo relacionamento com Flavio Cattaneo (ex-CEO da italiana), mas é difícil explicar o que acontece num país a 12 mil km", explica. "Quando fala com um ex-CEO de uma grande empresa brasileira (a Vivo), não precisa explicar nada, vai direto ao assunto."