Acessos sem fio e por fibras disputam espaço na banda larga

Tecnologias de banda larga sem fio devem ocupar um espaço cada vez maior entre os sistemas de acesso no Brasil. Estudo feito pela Orion Consulting projetam que dos 12,5 milhões de usuários de banda larga em 2010 no País, pelo menos 1,5 milhão terão acesso sem fio, incluindo 3G e WiMax. O mercado de equipamentos sem fio prevê que a tecnologia deva representar 5% dos acessos nesse período, apesar dos primeiros contratos em 3G estarem previstos para fevereiro de 2008 e os leilões das faixas de 3,5 GHz e 10,5 GHz até março de 2008. ?A banda larga sem fio deve explodir mundialmente entre 2007 e 2008 com maior potencial de crescimento entre todas as tecnologias. No Brasil deve começar forte só em 2009?, diz o consultor Ronaldo Albuquerque Sá, da Orion, que participou de um painel nesta quinta-feira, 4, na Futurecom, em Florianópolis.
A indústria que oferta produtos para WiMax já está se movimentando para atender a demanda crescente. A nacional PadTec prevê a fabricação de 10 mil CPEs e 100 estações radiobase em 2008, informa o gerente de produto, Ivan Saidenberg. A empresa do Rio Grande do Sul, que atua na área de equipamentos para ADSL, lançou produtos para as faixas licenciadas de 3,5 GHz e não licenciadas (pré-WiMax) de 5,8 GHz e WiMesh (5,8 e 2,4 GHz). Das cinco empresas que detém licenças no Brasil a PadTec está fazendo testes de campo com três delas: Embratel, Grupo Sinos e WKVE. O Grupo Sinos vai lançar serviços de voz e banda larga na região Sul; a WKVE deve lançar o serviço em Vitória (ES) e algumas cidades de Minas Gerais para 1,5 mil assinantes. A Intelig, que prevê participar do leilão de freqüências para 3,5 GHz, já iniciou testes com equipamentos da PadTec na faixa não licenciada de 5,8 GHz para serviços de VoIP. Outro mercado promissor, segundo Saidenberg são as redes corporativas, área que a empresa atua em parceria com o CPqD.
Outra que investe nesse mercado é a israelense Alvarion, cujos principais clientes no Brasil são a Embratel e Neovia. Segundo Ricardo Pence, diretor de vendas, enquanto o leilão não vem a empresa aposta no pré-WiMax. Um de seus grandes clientes é a Telefônica que interliga 23 cidades na faixa não licenciada de 5,8 GHz.

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WiMax móvel

A Alvarion também iniciou um teste de WiMax móvel na PUC de Campinas (SP), na freqüência de 2,5 GHz, cedida pela Sunrise, operadora de TV por assinatura local. A tecnologia foi instalada no Laboratório de Pesquisa do Ceatec (Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias), cuja antena permite a transmissão conjunta de imagem, voz e dados.O sistema testado pela PUC tem duas estações radiobase e 5 CPEs outdoor e permite acesso à banda larga para 500 usuários alcançando entre 30 a 50 Km de cobertura sem linha de visada até 4 Km.

Fibras ópticas

Ronaldo Sá, da Orion, destaca que as tecnologias WiMax, satélite, STFC e cabo serão complementares no Brasil, conforme a geografia e poder aquisitivo da população. Entre os grandes centros urbanos a aposta da indústria é no aumento da oferta de maiores velocidades de banda larga pelas teles e empresas de TV a cabo. Fabricantes como Furukawa e Prysmian esperam que as operadoras substituam gradativamente seus cabos de cobre pela fibra óptica para levar maior velocidade ao assinante da ponta com o FTTH (Fiber to the Home). ?Com a introdução da IPTV e o aumento da difusão da banda larga o cliente vai exigir maiores velocidades, principalmente nos centros urbanos, e essa velocidade é melhor provida pela fibra?, diz o gerente de novos negócios da Furukawa, Nelson Saito. Ele avalia que o mercado brasileiro de home passed será de 80 mil domicílios em 2008 com FTTH. A Telefônica já fez o primeiro lançamento comercial atendendo 4 mil assinantes e outras operadoras estão fazendo testes de campo. ?No Brasil o FTTH vive sua fase inicial e deve crescer entre 2008 e 2009 junto com outras tecnologias?, diz Saito. O sonho de consumo desse setor é a rede FIOS, da Verizon, nos EUA, que investiu US$ 18 bilhões e hoje atende mais de 1 milhão de assinantes, alcançando um Arpu de US$ 160 na oferta de vídeo, voz e dados.

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