SGDC é lançado com sucesso na Guiana Francesa

Após atrasos de quase dois meses por conta da greve geral na Guiana Francesa, o veículo VA236 modelo Ariane 5 da Arianespace foi lançado nesta quinta-feira, 4, do Centro Espacial de Kourou, carregando os satélites geostacionário brasileiro de defesa e comunicações (SGDC) e o Koreasat-7, da Coreia do Sul. O lançamento, marcado para as 17h foi adiado para 17h55, após uma mudança na operação de abastecimento do foguete, mas um "sinal vermelho" interrompeu a contagem. Uma hora depois, às 18h50, o satélite foi lançado, com a primeira separação de foguetes ocorrendo dois minutos e meio depois.

A separação do SGDC ocorreu às 19h18. Nas próximas áreas, ele abrirá os painéis, com antenas sendo liberadas nos próximos dias e os testes programados para começo no próximo dia 13 de maio. A separação do Koreasat-7 aconteceu cerca de 10 minutos depois do satélite brasileiro.

Estavam presentes na centro o secretário de políticas de informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, como representante do ministro Gilberto Kassab e do governo brasileiro, e o diretor de banda larga da pasta, Artur Coimbra. Em seu discurso, Martinhão ressaltou "um dia histórico" com o lançamento. Afirmou que o satélite deverá levar "banda larga de capacidade em todo o território brasileiro, e regiões rurais, afastadas, e na Amazônia, vão ter a mesma qualidade de banda larga das grandes cidades".

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Ele também destacou a renovação da política aeroespacial do Brasil começada nos anos 80, quando o primeiro satélite brasileiro foi lançado, com a transferência de tecnologia com a francesa Thales Alenia, que fabricou o SGDC. Martinhão afirma que isso proporcionará a construção de um satélite totalmente brasileiro de alta capacidade e complexidade no futuro. "É importante mencionar que é um trabalho intenso, e ainda temos um grande caminho para desenvolver e lançar", declarou. "Eu sugiro a utilização da base de Alcântara (MA), e a monitoração do clima e do território nacional", completou ele, mencionando um futuro uso da base maranhense para novos lançamentos.

Presidente e CEO da Visiona, Eduardo Bonini, declarou que a joint-venture entre Telebras e Embraer criada para o SGDC foi possível graças ao esforço conjunto do governo, incluindo o antigo Ministério das Comunicações, da Força Aérea Brasileira, e do Ministério da Defesa. "Estamos prontos para o desafio e estamos propondo soluções para as necessidades do Brasil enquanto olhamos para a boa eficiência", disse.

Em uma mensagem em video, o ministro Gilberto Kassab mencionou que 70% da faixa de frequência disponível do SGDC será utilizada para ampliar o alcance da banda larga. Ele lembrou ainda sobre "a importância da transferência de tecnologia ao agregar conhecimento do exterior, alavancando mais o conhecimento". O satélite foi construído pela francesa Thales Alenia, que recebeu cerca de 30 profissionais brasileiros para capacitação como parte dessa transferência de tecnologia. Também em vídeo, Antonio Loss, presidente da Telebras, falou ainda em fornecimento de banda larga para 100% do território, permitindo ao País ser "mais competitivo".

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