Brasil e Luxemburgo discutem ampliação de cooperação técnica no segmento espacial

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, recebeu nesta quarta-feira (4) o vice-primeiro-ministro e ministro da Economia, da Segurança Interior e da Defesa de Luxemburgo, Etienne Schneider. Os dois países discutem o potencial da cooperação na área espacial e em telecomunicações.

Schneider propõe reforçar a presença no Brasil da operadora mundial de satélites SES, fundada em 1985 pelo governo de Luxemburgo, que ainda detém um terço de suas ações. A proposta já havia sido levantada na terça-feira, 3, pelo próprio primeiro-ministro e pelo CTO global da SES, Ruy Pinto, durante inauguração do teleporto da empresa em Hortolândia (SP).

De acordo com o primeiro-ministro, Luxemburgo investe em atividades espaciais 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB). "É o maior percentual entre todos os países da União Europeia", informou. "Uma das nossas intenções para o futuro é fazer mineração espacial. Eu destaco isso porque é nosso objetivo ter o Brasil como parceiro nessa empreitada. Já conseguimos fechar acordos com vários países, como China, Japão, Portugal e estamos em vias de acertar com a Rússia."

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"Existem frentes de trabalho que nós podemos e devemos explorar nesta cooperação", respondeu o ministro Kassab.

Durante o encontro, o ministro de Luxemburgo ressaltou o esforço de seu país em estreitar laços, simbolizado pela abertura da Embaixada do Grão-Ducado de Luxemburgo em Brasília em setembro de 2017. "Por isso, vejo com muita importância a iniciativa de manter esse diálogo e essa aproximação não só política, mas também científica e econômica", afirmou.

Caminhos

O secretário de Telecomunicações do MCTIC, André Borges, apontou para as chances de cooperação abertas pelo lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), em maio de 2017. "Temos agora ampla capacidade de banda Ka e estamos explorando parcerias com a iniciativa privada", afirmou. "Para o futuro, planejamos o desenvolvimento de um segundo satélite, que pode gerar bastante oportunidade. Também trabalhamos em um modelo de lançamento de satélites em Alcântara."

Já o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Maximiliano Martinhão, mencionou iniciativas de cooperação com Luxemburgo no campo de satélites dentro da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). "Do ponto de vista mais amplo, a comunidade científica brasileira teria interesse em aprofundar discussões em mineração, siderurgia e energia renovável", indicou.

Também participaram da reunião o embaixador do Grão Ducado de Luxemburgo no Brasil, Carlo Krieger, e os presidentes da AEB, José Raimundo Coelho e da Telebras, Jarbas Valente.

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