Marca Vésper deixará de existir em 2004

A Embratel não pretende trabalhar com a marca Vésper, devendo ostentar nova identidade a partir do início de 2004, possivelmente a própria marca da concessionária de longa distância, junto à base efetiva e em potencial de assinantes da espelho. Foi o que revelou nesta quarta, diz 3, o presidente da Embratel, Jorge Rodriguez.
A Embratel concluiu na terça, 2, o processo de aquisição das ações da Vésper de empresas controladas pela Qualcomm, pelo valor nominal de R$ 1, assumindo apenas valores de passivos relacionados a financiamento de equipamentos, sem arcar com débitos bancários. A Vésper também vendeu 662 torres de comunicação para uma afiliada criada pela Qualcomm, que explorará o aluguel destes ativos por 10 anos.
Luiz Kaufmann, que comandou a espelho nos últimos dois anos e meio, conduzindo o processo de restruturação e preparo para sua venda, saiu da empresa. Rodriguez interinamente acumula a presidência da Vésper até que outro dirigente seja indicado para o cargo.

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Segundo Rodriguez, nos próximos meses a Embratel vai se dedicar ao processo de integração entre as redes da concessionária e a da operadora local adquirida, assim como na implantação de melhorias na prestação de serviços desta última. Ele garantiu que não haverá demissões por enquanto, mas afirmou também é que a tendência é de que a empresa seja totalmente absorvida pela Embratel. Por determinação da Anatel, a espelho deverá permanecer como subsidiária independente por pelo menos 18 meses.
Por enquanto, a nova controladora apenas está enviando carta à base de clientes da operadora. Os planos são de partir para a mídia de massa, em busca de novos clientes, somente a partir do início de 2004, de olho principalmente no mercado residencial e de pequenas empresas.
A Embratel pretende aplicar a toda a rede da Vésper, que atinge 17 estados, a solução evolutiva de acesso de dados CDMA 1xRTT, ainda ausente na infra-estrutura da espelho. Planeja ainda estender o Giro, acesso de banda larga em CDMA 1xEV-DO, presente apenas em São Paulo, para mais capitais, como o Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Todas estas melhorias, somadas a aportes também em outras áreas como atendimento, deverão demandar investimentos entre US$ 25 milhões a US$ 35 milhões, estima o presidente da Embratel. Segundo Rodriguez, tais recursos deverão ser obtidos a partir do próprio fluxo de caixa da Vésper, que, afirma ele, passará a ser positivo nos próximos três a seis meses graças a ganhos de sinergia entre as redes das duas empresas. A previsão de faturamento para a espelho este ano é de algo entre US$ 350 milhões e R$ 400 milhões. Ao todo, a Vésper conta atualmente com uma base de aproximadamente 500 mil clientes.

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