SES mantém receita, mas aumenta lucro

No balanço financeiro referente ao terceiro trimestre deste ano e divulgado nesta segunda, 3, a operadora de satélites SES exibiu receita rigorosamente igual à registrada no mesmo período de 2013: 467,7 milhões de euros. Com o desempenho do primeiro semestre, no entanto, o acumulado do ano foi 2,06% superior: 1,406 bilhão de euros.

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Em comunicado, o presidente e CEO da SES, Karim Michel Sabbagh, afirmou que "em curto prazo, fatores externos têm impactado o desenvolvimento das receitas". Considerando taxas constantes, a receita do acumulado do ano teria aumentado 4,7%.

Na divisão por região, a Europa permaneceu como a maior operação, gerando 242,6 milhões de euros em receita no trimestre, 6,45% acima. Os negócios "internacionais", que incluem a América Latina, somaram 139,6 milhões de euros, 0,3% de alta. O desempenho da América do Norte foi negativo: recuo de 15,01%, somando 85,5 milhões de euros.

O lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (EBTIDA) foi de 355,9 milhões de euros, 2,48% acima no comparativo anual. No acumulado dos nove meses, o EBITDA ficou em 1,049 bilhão de euros, 4% acima de 2013. A margem EBTIDA ficou em 74,6%, 0,9 ponto percentual acima do registrado no terceiro trimestre de 2013. Sabbagh diz que mantém o foco na otimização operacional para melhorar a margem e garantir desempenho mais forte do EBITDA.

O lucro operacional subiu 0,32% e mostrou 219 milhões de euros no terceiro trimestre. No acumulado, 656,6 milhões de euros, 4,72% de acréscimo. O lucro líquido ficou em 147 milhões de euros, 1,10% acima, e 437,9 milhões de euros, 5,93% acima.

Destaques no período

A SES afirma que irá continuar a expandir o negócio de DTH, destacando a aquisição de duas novas posições orbitais no Brasil, no valor total de R$ 59,8 milhões, em maio deste ano. A operadora venceu o certame para a posição 48°W por R$ 33 milhões, com ágio de 170%, para operar as bandas C (3.625 MHz a 4.200 MHz / 5.850 MHz a 6.425 MHz), Ku (10,95 GHz a 11,20 GHz e 11,45 GHz a 12,20 GHz / 13,75 GHz a 14,5 GHz) e Ka (17,7 GHz a 20,2 GHz e 27 GHz a 30 GHz). Já a posição 64°W foi obtida por R$ 26,8 milhões e 119,2 % de ágio, nas faixas de 12,2 GHz a 12,7 GHz e de 17,3 GHz a 17,8 GHz da banda Ku. A posição deverá ser utilizada para broadcasting.

Além dos negócios brasileiros, a SES destaca também o lançamento comercial em 1º de setembro da frota da O3b Networks, companhia na qual a operadora detém participação. Segundo a empresa, a O3b está "no caminho para ativar a maioria dos cerca de 30 clientes comprometidos até o final do ano".

Mesmo sem lançar nenhum satélite no período, a capacidade de disponível de transponders aumentou 4,4%. A SES confirmou ainda o lançamento do Astra 2G no final deste mês, após adiamento por conta de falha no foguete Proton. O artefato deverá ficar na órbita 28,2°/28,5° E para atender a África e Europa. Além desse satélite, estão programados os lançamentos do SES-9 para a região da Ásia/Pacífico no primeiro semestre do ano que vem (com lançamento pela SpaceX); do SES-10 para a América Latina (também com a SpaceX) no segundo semestre de 2016; do SES-11 para a América do Norte também no segundo semestre de 2016, mas ainda sem contrato para veículo de lançamento; e do SES-12, para a Ásia/Pacífico, também sem contrato e para a segunda metade de 2017.

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