Novo fato relevante publicado pela Telefônica no Brasil nesta quinta, dia 3, repetindo fato relevante publicado na Europa ontem, reforça aquilo que esse noticiário já havia informado: a Telefônica tem o direito de não aceitar a entrada de um operador concorrente nos investimentos da Telecom Italia. Se os demais sócios italianos insistirem na entrada desse operador, a Telefônica sai do negócio podendo vender suas ações na Telco (empresa controladora da Telecom Italia). Segundo o fato relevante, "se a TELECOM ITALIA optar por fazer desinvestimentos estrangeiros em um montante superior a 4 bilhões de euros ou decida firmar alianças estratégicas significativas com outras companhias operantes no setor de telecomunicações, a TELEFÓNICA, se discordar, teria novamente o direito de abandonar o capital da TELCO mediante a venda da parte proporcional de ativos e passivos".
Ou seja, fica claro que o investimento que a Telefônica fez na Telecom Italia está centrado basicamente em um ponto: impedir que a Telecom Italia faça negócios com empresas concorrentes da tele espanhola. Notadamente no Brasil, impedir que o mexicano Carlos Slim compre a TIM ou a participação da Telecom Italia na Brasil Telecom. A gestão da tele italiana e suas subsidiárias, a forma como o negócio será conduzido e até mesmo a política de dividendos, tudo isso fica a cargo dos bancos italianos, não dos espanhóis.
Mercado