Telefônica busca redes abertas; ABTA contesta DTH

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, exibido na segunda, dia 2, o presidente da Telefônica no Brasil, Antônio Carlos Valente, disse que a empresa está negociando com a Globo e com as demais redes de televisão o acesso a conteúdos hoje disponíveis na TV aberta para sua plataforma de TV por assinatura (hoje oferecida por meio de DTH). Negocia também, diz Valente, com canais pagos de conteúdo nacional, e pretende expandir seu DTH para além da região em que é concessionária (Estado de São Paulo). Segundo fontes próximas ao projeto de DTH da Telefônica, essa expansão ainda não aconteceu pela dificuldade de formar uma rede de instalação e manutenção eficiente em todo o País.
Valente comentou, também, os questionamentos da ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura), que aponta, junto ao Cade e à Anatel, a concentração de todas as redes nas mãos da tele. A Telefônica, ao adquirir participação na TVA, poderá ter acesso à rede de cabo da operadora na cidade de São Paulo, bem como à rede de MMDS. A ABTA diz que a Telefônica estaria com isso controlando todas as infra-estruturas de distribuição, já que tem também uma licença de DTH. Por meio de pergunta gravada de Alexandre Annenberg, diretor executivo da associação, Valente foi questionado se era esse o modelo de competição pretendido. Annenberg chamou ainda a Telefônica de "monopolista". O presidente da tele respondeu que existe uma disputa feroz no segmento corporativo e no segmento empresarial, e que nas camadas mais abastadas do segmento residencial essa disputa também já estaria em curso. "A Telefônica só está sozinha nas classes C, D e E. E está sozinha porque são segmentos sem atratividade econômica, onde ninguém mais quer entrar", disse Valente.

Questionamento do DTH

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A ABTA está questionando junto à Anatel a decisão de liberar a Telefônica a prestar o serviço de DTH, cuja autorização foi dada no dia 7 de março pela agência. O que a associação fez foi entrar com um pedido de reconsideração da decisão da Anatel até ser concluído o estudo do impacto concorrencial.
A associaão já havia manifestado oposição formal ao pleito da Telefônica de ter uma licença de DTH. Questionou também, junto ao Cade, a compra da TVA pela tele.

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