CEO da Claro critica indústria por trazer smartphones com menos funcionalidades ao Brasil

Ao apresentar a expansão do projeto de LTE-Advanced Pro, o CEO da Claro, Paulo César Teixeira, fez uma dura crítica aos fabricantes de celulares. O motivo é que apenas alguns modelos do atual portfólio da operadora são compatíveis com a nova tecnologia – o Galaxy S8 e S8+, da Samsung; e o Moto Z2 Force, da Motorola. Sem endereçar a uma empresa específica, Teixeira reclamou que os terminais lançados no mercado brasileiro acabam vindo com menos funcionalidades e recursos, como a capacidade de carrier aggregation e recepção de múltiplas antenas (MIMO).

"A indústria tem mercados onde escolhe colocar determinados produtos e funcionalidades, e escolhe o chipset que colocará nesse mercado, limitando as capacidades do produto", declarou ele nesta segunda-feira, 2, durante coletiva de imprensa na sede da Claro. "Estamos dizendo para a indústria: traga ao Brasil o melhor produto que tiver, com a melhor geração e melhor chipset, porque a rede aqui é equivalente às melhores do mundo", diz. Teixeira destaca que produtos que custam R$ 4 mil não deveriam ter tais limitações. "Se você vai em outros mercados, o mesmo produto é vendido com mais funcionalidades."

O presidente da Qualcomm, Rafael Steinhauser, destaca que a atualização do parque de terminais no mercado é necessária com a chegada de novas tecnologias. "Trazer telefones é um desafio da indústria, colocar (os aparelhos) na mão dos usuários. Não é tão evidente, às vezes o mesmo telefone tem muitas variantes, e às vezes colocam em mercados considerados secundários chipsets que não têm todas as características", explica. Steinhauser destacou, entretanto, que a próxima geração de "telefones premium" usará chipset Snapdragon também na região.

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