TIM lança serviço fixo-móvel em dez Estados

Em poucos dias, entrará mais um competidor de telefonia fixa em dez Estados. A TIM anunciou nesta terça-feira, 2, sua entrada no mercado de telefonia fixa com o lançamento do TIM Casa Flex, um serviço fixo-móvel que usa a licença de telefonia fixa comutada (STFC) da própria operadora. Os atuais clientes pós-pagos da TIM poderão aderir apenas com a inclusão de um número fixo no mesmo chip que está em uso. Para os pré-pagos a solução será lançada ainda antes do Natal. O telefone acessará a rede fixa quando o cliente estiver em seu domicílio e mudará automaticamente para a móvel ao sair da área delimitada como ?home zone?. No próximo dia 8, estará disponível em 101 municípios de dez Estados, e no fim de outubro, em mais de 240 localidades. A empresa tem licença de STFC para todo o País.
Como a licença é de telefonia fixa, o diretor de assuntos regulatórios da operadora, Paulo Roberto Lima, disse que não precisa discutir VU-M (valor de uso móvel) neste momento e que não há referência cruzada nem subsídio nesse contexto. O plano de R$ 29,90 dá direito a 200 minutos para ligações fixas locais. Se o usuário exceder o pacote, o consumo adicional será tarifado por R$ 0,15/minuto. Fora da área cadastrada, o serviço funciona como um celular convencional, tarifado pelo consumo e seguindo as tarifas de telefonia móvel. Se o cliente quiser, poderá acrescentar mais R$ 29,90 e obter outros 200 minutos de ligações para telefones fixos quando estiver em casa. O TIM Casa, que também faz um pacote de minutos para chamadas fixas e móveis, continua ativo.
Mario César Araújo, presidente da TIM, garante que não haverá a canibalização de serviços na empresa, devido à possibilidade de os clientes deixarem de usar apenas a rede móvel para fazer chamadas para telefones fixos. Argumentou que a oferta poderá ajudar a reter clientes na base.

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Sobre a competição com as fixas, Lima disse que a operadora não quer ser mais uma espelho. ?Estamos mexendo onde ninguém quer mexer, a assinatura.? Araujo, por sua vez, acredita que os competidores sentirão os efeitos do TIM Casa Flex quando vier a portabilidade. O executivo lembrou que está entrando num mercado onde as incumbents detêm cerca de 95% do market share. Acredita que os assinantes dos concorrentes se sentirão mais à vontade para migrar de operadora levando o número do telefone e, além de tudo, deixando de pagar assinatura básica. Adiantou também que pretende fazer parcerias para trazer conteúdo para o celular, e sem adquirir empresas de TV paga.

Embratel faz beta-teste

A Embratel ainda não usa plenamente a parceria com a empresa móvel do seu grupo, a Claro, para a oferta de serviços convergentes. Mas tem algumas opções para o mercado corporativo. Neste final de semana, inclusive, concluirá um beta-teste para serviços na rede Wi-Fi/GSM para o mercado corporativo. As vendas deverão ser iniciadas até o fim do mês. O diretor executivo de tecnologia e qualidade de rede da Embratel, Ivan Campagnolli Junior, disse que não precisa da rede da Claro para isto, mas obviamente faz sentido, por ser do mesmo grupo.
O cliente poderá usar o celular no domicílio como se fosse um telefone sem fio. Uma diferença é a melhor qualidade do sinal. Além disto, há uma integração de serviços. As ligações podem ser atendidas como ramal da empresa ou celular, dependendo da escolha do cliente a cada ligação. O serviço requer servidor de presença no ponto central, servidor Wi-Fi, servidor de videoconferência (se o cliente quiser), servidor de unified communications e para integrar correio de voz, configurar caixa postal etc. O aparelho poderá ser subsidiado por Embratel ou Claro, dependendo da estratégia em relação ao cliente, e a tarifa será de serviço local. O objetivo é gerar tráfego local para a Embratel. Os valores não foram informados.

Mercado residencial

A solução Wi-Fi/GSM não será destinada ao mercado residencial porque este é mais complexo. O cliente corporativo já tem sua infra-estrutura, enquanto o residencial teria de fazer o investimento. Mas existe a possibilidade de instalar a rede para usuários do Net Fone, criando o Wi-Fi Fone, com os mesmos benefícios de quem usa o Net Fone atual.
Para o usuário móvel, a opção Wi-Fi/GSM requer cable modem já integrado com Wi-Fi. O serviço funcionará em casa como telefonia fixa e fora desta área como móvel. Está em teste e provavelmente não será lançado antes do Natal.

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