Brasil Telecom quer ampliar serviços para baixa renda

A Brasil Telecom, no quesito serviços convergentes, busca sobretudo o usuário de alta renda. Mas a operadora está em busca do segmento emergente de usuários de serviços pré-pagos e TUPs (telefonia pública). ?Esse nicho representa uma grande oportunidade de crescimento para a operadora na nossa região?, diz o presidente da BrT, Ricardo Knoepfelmacher. O mercado alvo nessa faixa abrange as classes C, D e E com renda entre R$ 200 e R$ 1,4 mil que representa 61% da população brasileira (sendo que 51% desse total já conta com celular). ?Em torno de 27% do faturamento da BrT vem desse degrau da pirâmide e prevemos crescer aí?, afirmou o executivo nesta terça-feira, 2, durante a Futurecom. Segundo Knoepfelmacher, um grande desafio é ampliar a adesão ao SMS, como acontece com outros países da América Latina. ?O preço em torno de US$ 0,15 não é barreira mas sim o desconhecimento de como usar?, afirma. Uma pesquisa realizada pela empresa entre os clientes C, D e E apontou que 14% dos usuários não consomem o serviço de SMS porque o consideram caro; já 35% não consomem porque não sabem usar.
Para o presidente da Telemig Celular, André Mastrobuono, outro obstáculo para chegar ao cliente de baixa renda é a proibição regulatória de oferecer o mesmo serviço com preços diferenciados (a chamada proibição da segmentação da precificação). ?A demanda de um executivo da Av. Paulista é completamente diferente de um usuário do interior de Minas Gerais. Por que não posso oferecer serviços segmentados com preços diferenciados??, pergunta o executivo. Para ampliar a oferta de serviços ele defende mudanças na regulamentação e a criação de uma licença única de serviços. ?Isso iria simplificar muito a vida do regulador e dos operadores?, completa Mastrobuono.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!