TV por assinatura prepara-se para batalha com teles

Na sessão de abertura da Feira e Congresso ABTA 2005, nesta terça-feira, 2, em São Paulo, o presidente da Anatel, Elifas Gurgel do Amaral, disse que a agência vê o movimento de digitalização das redes de TV por assinatura como promissor na oferta de novos serviços. ?A Anatel vê hoje potencial capaz de enfrentar o monopólio?. Segundo ele, as pesquisas mostram, por exemplo, que o usuário norte-americano ?prefere contratar vários serviços de um só operador?. Ainda de acordo com Amaral, nas operações locais as teles fixas vão querer, sim, entrar no negócio de vídeo. ?É nesse contexto que a Anatel toma medidas concretas para estimular o setor. Com a edição do Plano Geral de Metas, a Anatel espera colocar as operadoras (de TV por assinatura) no mesmo patamar das operadoras de outros serviços de telecom?.

Batalha desigual

Francisco Valim, presidente do conselho da ABTA, fez um breve histórico da indústria brasileira de TV paga em 15 anos, para argumentar que o setor sai no momento de seu período de ?purgatório?, pronto para o futuro. Segundo ele, as operações têm hoje cobertura, equipes prontas e adequadas e as empresas estão capitalizadas. Sobre a competição com as empresas de telefonia fixa, Valim diz que se trata de uma batalha desigual. ?As redes estão adequadas para, em lugares estratégicos, retirar o monopólio da telefonia. O campo está pronto?, diz ele, em referência histórica a uma batalha da Guerra dos Cem Anos (séculos XIV e XV), um embate entre ingleses e franceses, quando os primeiros, em desvantagem numérica e de combate, venceram a batalha. Ele compara a TV paga ao exército inglês de então. ?Temos de eliminar a arrogância para entender um modelo maior, que beneficie o todo e não apenas as partes?, disse Valim, sobre a guerra contra o que ele denominou os ?Golias da Telecom?.

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Exposição de desafios

O diretor-executivo da ABTA, Alexandre Annenberg, enumerou as dificuldades enfrentadas pela indústria: as prefeituras que querem cobrar mais pelo uso do solo, as concessionárias de serviços elétricos e as negociações sobre os postes, o Ecad que exige 2,25% sobre o faturamento bruto do setor, os Estados que insistem em cobrar ICMS quando o setor pleiteia ser tributado pelo ISS, o Legislativo que aprova a entrada de novos canais obrigatórios sem dar nenhuma contrapartida e, também, o Fust, ao qual o setor contribui sem receber nada em troca.

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